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sábado, 19 de fevereiro de 2011

ABUSO DE AUTORIDADE: DELEGADO FORÇA POLICIAL A FICAR NUA EM SALA DA DELEGACIA


O vídeo em destaque traz imagens de uma policial civil suspeita de receber propina numa delegacia da Polícia Civil de São Paulo, sendo pressionada por colegas, incluindo três delegados, para que sofresse uma busca pessoal. Em momento nenhum ela se recusa a passar pelo procedimento, mas pede que isso seja feito por mulheres. Apesar da exigência da policial (legítima e legal), e com a presença de duas mulheres na sala, uma PM e uma agente municipal, o delegado responsável pela “operação” (toda filmada) determina que a escrivã seja algemada, e, pasmem, a policial é despida à força. Um ato que merece o repúdio público, mesmo que haja provas que atestem o crime da ex-policial, hoje demitida da Polícia Civil.
fonte: you tube

Um comentário:

  1. A Corregedoria da Polícia Civil arquivou o inquérito que investigava dois delegados suspeitos de abuso de autoridade durante a prisão de uma escrivã de polícia que atuava no 25º DP, no bairro de Parelheiros (zona sul de SP).

    Conforme a denúncia, os policiais Eduardo Henrique de Carvalho Filho e Gustavo Henrique Gonçalves, ambos da Corregedoria, tiraram a calça e a calcinha de uma escrivã que era investigada pelo crime de concussão, quando um servidor exige o pagamento de propina.

    Imagens que foram divulgadas ontem pelo blog do jornalista Fábio Pannunzio (www.pannunzio.com.br) mostram que durante a prisão em flagrante da escrivã os delegados determinaram que a mulher tirasse a roupa para checar se ela havia escondido dinheiro de propina dentro da calcinha.

    O caso aconteceu em junho de 2009. Ao longo dos 12 minutos do vídeo, a escrivã diz que os delegados poderiam revistá-la, mas que só retiraria a roupa para policiais femininas. Mas nenhuma investigadora da corregedoria foi até o local para acompanhar a operação.

    SEM ROUPA

    Ao final, o delegado Eduardo Filho, uma policial militar e uma guarda civil algemam a escrivã retiram a roupa dela e encontram quatro notas de R$ 50. A escrivã foi presa em flagrante e, após responder a processo interno, acabou sendo demitida pela Polícia Civil. No mês seguinte, seus advogados recorreram da decisão.

    "Foi um excesso desnecessário. Ela só não queria passar pelo constrangimento de ficar nua na frente de homens", disse o advogado Fábio Guedes da Silveira.

    Para a Corregedoria, não houve excessos na ação dos dois delegados. Segundo a corregedora Maria Inês Trefiglio Valente, eles agiram "dentro do poder de polícia".

    O promotor Everton Zanella foi ouvido no inquérito que investigou os policiais e disse que a retirada da roupa foi uma consequência do transcorrer da operação.

    "Houve apenas um pouco de excesso na hora da retirada da calça da escrivã, todavia, em nenhum momento vislumbrei a intenção do delegado que comandava a operação de praticar qualquer ato contra a libido da escrivã", disse o promotor no inquérito.

    PROCESSO

    Além de ser expulsa, a escrivã responde a um processo criminal. A primeira audiência do caso só deverá ocorrer em maio, conforme seus advogados.

    Os delegados Eduardo Filho e Gustavo Gonçalves continuam trabalhando na Corregedoria da Polícia Civil. A corregedora os caracterizou como policiais "corajosos e destemidos". A Folha não localizou os dois policiais neste sábado para comentar o assunto.

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