LIGUE AGORA (98)3248-2960 - SEJA UM FRANQUEADO

FRASE DO DIA:

"MAIS VALE LUTAR POR DIGNIDADE ABERTAMENTE, DO QUE SE SUBMETER A CORRUPÇÃO EM SIGILO." Autor desconhecido

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Sobre Continências e Urbanidade

Major PMMA Aucerir Becker
É com justificável apreensão que observo jovens oficiais subalternos, sistematicamente, ignorarem ou abrirem mão de demonstrações de cordialidade e urbanidade em nome de alguma "nova ordem de entendimentos" pejorativos oriundos sei lá de que recantos da Universidade Estadual do Maranhão, pois não é na Academia de Policia Militar Gonçalves Dias que esses valores são fomentados, disso carrego certeza convicta.
Já tive oportunidade de presenciar jovens tenentes desviarem trajetórias apenas para não ter que cumprimentar determinado oficial de posto superior e ainda dividirem alguma graça nesse gesto.
Onde será que se aprendeu que somos menos policiais militares quando fora dos quartéis, expedientes ou simplesmente sem  a farda?
Onde será que reside a percepção de que existe alguma sorte de desnivelamento profissional ou social no ato de se reconhecer uma autoridade em logradouros públicos ou mesmo dentro do solo da caserna?
Onde foi ensinado que continência é demonstração de subserviência, humilhação ou bajulação de quem quer que seja?
Onde foi doutrinado que o cumprimento deve ser direcionado mediante percepções pessoais a cerca da personalidade a quem ele deva ser dirigido?
Onde foi que algum dos bons oficiais dessa Corporação, dentre os quais me entendo, deu exemplo ou orientações para que alguma autoridade fosse ignorada, desprestigiada ou evitada, onde quer que fosse?
Enfim, de onde vem essa verve deletéria e quase consensual entre nossos jovens oficiais subalternos de que a continência e a deferência somente devem ser dirigidas a alguns eleitos?
Isso posto, sou de entendimento que aqueles que se julgam contrários às práticas, mesmo das mais simples que nos diferenciam como grupo social, deveriam repensar sua permanência nos quadros funcionais da PMMA, pois caso contrário, antevejo com muita preocupação a gestão desses mesmos oficiais na cúpula dessa Polícia Militar em um futuro bastante breve.
E, para esses pretensos senhores de alguma mudança,  gostaria de fazer entender que qualquer um que seja contrário aos nossos estatutos e valores deveria ser legislador, anarquista ou ditador e não constituir o futuro de nosso oficialato.
Portanto, parafraseando o autor do artigo, gostaria de engrossar o discurso de que: "Entendo que se o militar não praticar e cultuar significativos gestos de cordialidade, equiparados aos diversos modelos de cumprimentos (aperto de mão, aceno, abraço e outros) entre os demais membros da sociedade, não conseguiu compreender a vontade do legislador, necessitando assim de uma profunda avaliação do querer ser um verdadeiro militar."
   ( Auceri Becker Martins - Maj QOPM )

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Bombeiros e PMs realizam passeata no MARANHÃO

Publicado em 4 de setembro de 2011 por John Cutrim(BLOG)
Centenas de bombeiros e policias militares do Maranhão realizaram, ontem (02), uma grande passeata pelas ruas de São Luís. A mobilização teve concentração em frente à Biblioteca Benedito Leite e seguiu pela Rua Rio Branco e Avenida Beira-Mar com destino ao Palácio dos Leões, onde foi realizado um ato público.
Os militares, além de pedirem a reposição salarial, reivindicam o cumprimento da jornada de trabalho de 40 horas semanais, pagamento do adicional noturno, ingresso na carreira inicial com nível superior, o cumprimento da reorganização do escalonamento vertical para soldado (fato que foi sentenciado pelo Supremo Tribunal Federal), e outros.
Um policial militar denunciou que para atrapalhar o movimento, eles foram chamados para treinar marcha para o desfile do Dia da Raça, que será realizado na próxima segunda-feira (5), na Avenida Vitorino Freire. “Quem é o soldado que não sabe marchar?”, indagou.
Em frente ao Palácio dos Leões, em discursos inflamados os militares, que estavam fantasiados com narizes de palhaço, bandeiras e faixas, protestaram contra o descaso do governo do Estado e cobraram um tratamento melhor para a categoria.
A classe não tem reposição de salário desde 2009, fato que ocasionou a perda nos vencimentos de R$ 12.272 para coronel e de R$ 2.945,28 para soldado.
“Governadora Roseana Sarney faça o melhor governo da sua vida, mas faça também que os policiais tenham uma vida melhor”, criticou um militar.
No final, todos deram as mãos e cantaram o hino nacional. Participaram da passeata policiais militares de Timon e de São Luís, bombeiros, militares reformados, pensionistas, delegados, agentes penitenciários, peritos e representantes do Sindicato dos Policiais Civis do Maranhão (Sinpol).

sábado, 3 de setembro de 2011

POLICIAMENTO INTELIGENTE


Major Auceri Becker Martins

Com o advento da humanização da atividade policial e a inclusão da informática associados à expansão dos sistemas tecnológicos para a investigação policial e para os policiamentos preventivo e ostensivo, foi ofertado um importante  portal de investimentos para os Governos Estadual e Federal em se tratando de Segurança Pública, porque disseminou-se a cultura da inteligência aplicada à satisfação das populações.
Objetivando assistir às demandas de policiamento e repressão ao crime, os sistemas  de estatística via 190 e feedback das unidades policiais civis e militares criaram para as polícias mecanismos para elaboração do chamado mapa da criminalidade, pelo qual passou a ser possível estabelecer os pontos geográficos  onde há  uma maior ocorrência de delitos e/ou infrações, catalogados por especificidade, cidades, bairros, ruas, solicitações dos cidadãos e também por dias e horários.
Com base nesse mapa da criminalidade, a Polícia Militar produziria um Policiamento Inteligente com todas as unidades policiais, definindo o roteiro de cada viatura depois de pesquisar os dados armazenados no sistema disponibilizado pela Secretaria de Segurança.
Quando Policiamento Inteligente é desencadeado, os policiais recebem um Cartão de Patrulhamento desenvolvido para orientar a atuação na área para onde o plano foi elaborado.
Engajada nesse esforço por garantir direitos aos cidadãos, a Polícia Civil se  utilizaria  desse sistema na busca de suspeitos que comunguem a mesma forma de atuação, cruzando dados desse e de outros sistemas inteligentes. Esse aparato informacional permite que os boletins de ocorrência(BOs) elaborados nas delegacias sejam padronizados via intranet, armazenados em bancos de dados e consultados por outros órgãos do aparato de segurança pública, em tempo real, as vezes, por que não, na presença do solicitante.
Com base nos BOs e TCOs armazenados, o analista policial pode mapear os delitos ocorridos e apontar as localidades com maior incidência criminal. Com o cruzamento de dados, o sistema forneceria informações adequadas para cada tipo de operação policial e permitiria a atuação cirúrgica do aparato policial, assim como a visualização dos resultados de cada atuação “in loco”.
Todo esse manejo de dados acabaria identificando os pontos sensíveis, ou seja, regiões selecionadas por terem características criminais semelhantes ou elevados índices de ocorrências, oportunizando eficiência na garantia constitucional ao direito a segurança...
Para materializar resultados, basta mencionar que a implantação dessa nova filosofia de atenção ao cidadão utilizando o ferramental de inteligência aplicado em eixos colaborativos entre as instituições de segurança pública, somente no estado de São Paulo, por exemplo,  contribuiu para uma queda da ordem de 70% no número de homicídios do Estado, em um período de dez anos.(Auceri Becker Martins – Maj QOPM)
(Artigo para: JORNADAS  FORMATIVAS DE DIREITOS HUMANOS - de 29/08/11 a 02/09/11)
São Luis, 02 de setembro de 2011
Email –  beckerpmma@yahoo.com.br