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Major Auceri Becker Martins |
Com o advento da humanização da atividade policial e a inclusão da informática associados à expansão dos sistemas tecnológicos para a investigação policial e para os policiamentos preventivo e ostensivo, foi ofertado um importante portal de investimentos para os Governos Estadual e Federal em se tratando de Segurança Pública, porque disseminou-se a cultura da inteligência aplicada à satisfação das populações. Objetivando assistir às demandas de policiamento e repressão ao crime, os sistemas de estatística via 190 e feedback das unidades policiais civis e militares criaram para as polícias mecanismos para elaboração do chamado mapa da criminalidade, pelo qual passou a ser possível estabelecer os pontos geográficos onde há uma maior ocorrência de delitos e/ou infrações, catalogados por especificidade, cidades, bairros, ruas, solicitações dos cidadãos e também por dias e horários. Com base nesse mapa da criminalidade, a Polícia Militar produziria um Policiamento Inteligente com todas as unidades policiais, definindo o roteiro de cada viatura depois de pesquisar os dados armazenados no sistema disponibilizado pela Secretaria de Segurança. Quando Policiamento Inteligente é desencadeado, os policiais recebem um Cartão de Patrulhamento desenvolvido para orientar a atuação na área para onde o plano foi elaborado. Engajada nesse esforço por garantir direitos aos cidadãos, a Polícia Civil se utilizaria desse sistema na busca de suspeitos que comunguem a mesma forma de atuação, cruzando dados desse e de outros sistemas inteligentes. Esse aparato informacional permite que os boletins de ocorrência(BOs) elaborados nas delegacias sejam padronizados via intranet, armazenados em bancos de dados e consultados por outros órgãos do aparato de segurança pública, em tempo real, as vezes, por que não, na presença do solicitante. Com base nos BOs e TCOs armazenados, o analista policial pode mapear os delitos ocorridos e apontar as localidades com maior incidência criminal. Com o cruzamento de dados, o sistema forneceria informações adequadas para cada tipo de operação policial e permitiria a atuação cirúrgica do aparato policial, assim como a visualização dos resultados de cada atuação “in loco”. Todo esse manejo de dados acabaria identificando os pontos sensíveis, ou seja, regiões selecionadas por terem características criminais semelhantes ou elevados índices de ocorrências, oportunizando eficiência na garantia constitucional ao direito a segurança... Para materializar resultados, basta mencionar que a implantação dessa nova filosofia de atenção ao cidadão utilizando o ferramental de inteligência aplicado em eixos colaborativos entre as instituições de segurança pública, somente no estado de São Paulo, por exemplo, contribuiu para uma queda da ordem de 70% no número de homicídios do Estado, em um período de dez anos.(Auceri Becker Martins – Maj QOPM) (Artigo para: JORNADAS FORMATIVAS DE DIREITOS HUMANOS - de 29/08/11 a 02/09/11) São Luis, 02 de setembro de 2011 Email – beckerpmma@yahoo.com.br
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