É desmotivador quando vejo através da
impressa alguns grupos da sociedade realizar frentes de combate a corrupção,
admitir esta situação maligna dentro da estrutura de uma sociedade dita
democrática é no mínimo triste, é termos a certeza que a estrutura do nosso país
foi edificada sob a corrupção, e que apesar de todos os esforços ao longo dos
tempos não conseguimos extirpar essa doença crônica que varre as estruturas da
administração pública brasileira, ocupada por grande parte de políticos, pobres
e envelhecidos, não pela idade, mas pelas atitudes, ações, práticas da politicagem, falta de respeito,
de ética e de zelo com recursos públicos, situações hoje rotineiras nos
expedientes do Congresso Nacional, nas Assembléias Estaduais e nas Câmaras
Municipais.
Não pretendo ser cético, não quero e nem pretendo
generalizar, mas me pergunto, será que ser honesto neste país é uma exceção?
Pode uma sociedade conviver gerações e gerações com um câncer degenerativo e
peculiar às elites que comandam este País desde o século dezenove, quando da
chegada do tão famigerado imperador D. João VI, um câncer que exclui uma enorme parcela de cidadãos a terem acesso à educação, à saúde, à cidadania jurídica e social, ao
saneamento básico de água e esgoto, enfim os excluídos de um processo mínimo de
cidadania, jogados a própria sorte que o destino lhes ofereceu, um câncer
chamado corrupção
O político brasileiro entra em nossas casas com
malditas mensagens que nunca são cumpridas, falam um monte de mentiras, usam a
miséria do povo para falsas promessas,
divulgam programas de governos utópicos, enfim usam o povo como massa de
manobra.
E, quando ocupam a Gestão
Publicas em uma das esferas dos poderes executivo ou legislativo, desviam
verbas da saúde, da educação, de estradas, do turismo, da segurança publica, da
infra-estrutura, da merenda escolar e de tantas outras políticas publicas, ele suja, lameia a sociedade, devora o dinheiro público, as verbas sociais como se
o povo brasileiro fosse uma carniça, que mesmo estando viva é consumida por esta espécie voraz, tão ardilosa criada por uma sociedade que sobrevive na
esperança de dias melhores. Será que Rui Barbosa não estava certo quando afirmou
“Que o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de
ser honesto. “
Raimundo Julião Matos Filho- Cap
da R/R da PMMA e Graduado em História
pela UEMA