Tropa da Operação Impacto realizada no Maranhão a frente o Capitão QOPM Joselito Mendes Costa |
Em
entrevista ao Comunidade Segura o ex-Secretário Nacional de Segurança Pública,
Ricardo Balestreri, defende que para que a Segurança Pública possa funcionar de
forma plena deve se deixar de trabalhar com achismos, e ainda num momento em que o país ainda se questiona
sobre a inteligência das ações do Grupo de Ações Táticas Especiais no recente
seqüestro em Santo André ,
que terminou com a morte de uma refém de 15 anos.
Ainda
na entrevista declara que:
“O
policial lida com pessoas e com situações diferentes a cada dia e deve
desenvolver habilidades que permitam avaliar tecnicamente como agir em cada
situação. A capacitação adequada e baseada no conhecimento científico, prático
e nos estudos de caso impede que as emoções e os "achismos" sejam os
comandantes das ações policiais. Sempre digo que no Brasil segurança pública
sempre foi feita com o fígado, e não com o cérebro, que busca a técnica mais
correta para cada situação.”
A falta de preparo não é dos policiais, conheço alguns que treina por conta própria e gastam mais de 1/3 do salário para sua qualificação profissional. Realmente como profissional de Segurança Pública a mais de 15 anos e já havendo trabalhado nas mais diversas atividades, desde trânsito, passando pelo policiamento ostensivo, penitenciária, atividade administrativa, segurança de autoridades, e inteligência de Governo, não acredito e sim, afirmo que o problema da Segurança Pública é único, é muita gerência política e falta de garantias e salário para os policiais, agentes penitenciários, guardas municipais, e vigilantes, porque hoje é inconcebível pensar em segurança e não dar o devido valor a cada um desses profissionais.
A falta de preparo não é dos policiais, conheço alguns que treina por conta própria e gastam mais de 1/3 do salário para sua qualificação profissional. Realmente como profissional de Segurança Pública a mais de 15 anos e já havendo trabalhado nas mais diversas atividades, desde trânsito, passando pelo policiamento ostensivo, penitenciária, atividade administrativa, segurança de autoridades, e inteligência de Governo, não acredito e sim, afirmo que o problema da Segurança Pública é único, é muita gerência política e falta de garantias e salário para os policiais, agentes penitenciários, guardas municipais, e vigilantes, porque hoje é inconcebível pensar em segurança e não dar o devido valor a cada um desses profissionais.
Segurança
Pública são os homens e mulheres que a fazem, e não simplesmente burocratas sentados
em birôs discutindo os erros dos policiais, queria que uma dessas autoridades
que não conhecem a polícia ao menos por um dia passassem pela atividade de
policiamento ostensivo, preferencialmente em incursões onde se pode ter a
adrenalina de ter uma rajada de uma carabina passando a menos de 5 cm de sua cabeça, pois é,
essa é a rotina de um policial, não saber se volta para casa e ainda deixar a
família sem condições dignas de sobrevivência.
É
muito fácil você trabalhar com um bom treinamento, ou melhor não é fácil, mas
beneficia muito a atividade e torna a ação mais confiável e segura para a
sociedade. Outro fator que deve ser comentado é que o policial que exerce suas
atividades no Batalhão
Especial de Pronto Emprego (Bepe), que “é um setor especializado de apoio à Força Nacional
de Segurança Pública e surgiu como uma forma de disseminar doutrina e
tecnologia de ponta para as polícias estaduais e de garantir a imediata atuação
em casos de grave crise nos estados. Pela proposta, cada estado deve ceder 50
policiais durante um ano, entre homens e mulheres, para receberem
treinamento.”. Essa declaração foi do Secretário, agora é importante mencionar
que o policial do Bepe recebe uma bolsa que pode corresponder até três vezes o
seu vencimento, dependendo de sua graduação/posto, e que por lá realmente se
tornam policiais motivados. O problema é quando voltam a realidade falta de
condições de trabalho e baixo salário essa motivação acaba e um policial bem
treinado é prato cheio para as empresas de segurança privada e pior ainda os
bicos, que muitas vezes são realizados com as armas oficiais.
A
política de Segurança Pública tem que ser única e é necessário que se
estabeleça uma identidade que deveria iniciar pelo seguinte:
-
unificação da farda;
-Garantias
constitucionais de inamovibilidade por ações de serviço, e de salário;
-
Fornecimento de equipamentos individuais como coletes e rádios de transmissão;
-
Treinamento unificado com aplicação de uma doutrina nacional de segurança e uma
grade curricular unificada; e
-
Exigência de ensino superior para profissionais de segurança.
Os
cursos oferecidos pelo Senasp pelo sistema EAD, são realmente bons, contudo
deveria se pensar em qualificar os profissionais de segurança garantido a eles
o 3º Grau, através do EAD, pois já foi autorizado pelo MEC os cursos voltados
aos profissionais de segurança, ver blog http://joselitomendes.blogspot.com/2010/02/ministerios-oferecem-cursos-superiores.html,
essa seria uma forma de começar a mudar a forma como os profissionais de
segurança são observados pela sociedade.
Observei
um comentário que achei de extrema importância na entrevista realizado ao
Secretário Nacional , cito na integra:
“As
políticas de segurança pública no Brasil devem começar pelo Poder Público local
que são os Prefeitos. As autoridades precisam entender de uma vez por todas que
o crime não nasce grande, ele toma formas conforme a ineficácia do Estado em combatê-lo. Nós
temos vários exemplos no mundo de Polícias Locais, as chamadas Polícias
Municipais que agem na origem do problema e que são efetivamente comunitárias
em suas origens. O Pronasci é um instrumento de muito valor agregado se tiver
como prioridade, o policiamento comunitário , e isso pode e deve ser feito por
quem já o faz, as nossas Guardas Municipais, que as PMs tanto repudiam. Porque
não quebrar paradigmas e inserir essa nova polícia que aí está. A história nos
mostra que as Guardas Municipais já eram polícia desde a época do Brasil
Império quando foram comandadas pelo glorioso Duque de Caxias em 1832 e a
história ducentenária dessas corporações se mistura com a própria história das
PMs estaduais. Acreditamos no nosso Secretário Nacional de Segurança Pública,
pois é uma pessoa altamente capacitada para o cargo que exerce, acreditamos no
policiamento comunitário, acreditamos na eficiência do trabalho das Guardas
Municipais nesse contexto e por fim, acreditamos no nosso País. Tripé de
segurança pública, União, Estados Membros e Municípios, uma solução viável para
contermos a escalada da violência no Brasil, esse é o caminho.”
É
importante que seja esclarecido que a PM não repudia a guarda municipal, mas
sim alguns políticos que a vem como mais uma forma de onerar a sua
administração e da responsabilidade que advém de sua formação. A guarda
municipal bem formada com treinamento adequado e com doutrina pré-estabelecida
realizaria o mesmo serviço que é realizado pela polícia militar(que hoje em
função da infinitas atribuições deixa de realizar a sua atividade
constitucional para realizar diversas outras atividades, como o combate as
drogas, ecoterapia, entre outros, esclareço desde já que não sou contra esses
projetos mas acho que é uma carga a mais para quem já tem muito a fazer e não
consegue cumprir de forma satisfatória suas atividades.
Recentemente a polícia militar do MARANHÃO quando de forma inédita foi exonerado um Comandante Geral que não tinha a credibilidade da tropa, e nomeado um Coronel que era oriundo da tropa e comandou a segunda maior cidade do maranhão, Imperatriz. Esse Oficial articulou uma operação nos mesmos moldes das operações da POLICIA FEDERAL, recrutou policiais em todo o MARANHÃO em um total de cento e vinte homens, e escolheu criteriosamente os Capitães comandantes da primeira operação o Capitão PM Joselito Mendes Costa, com 07(sete) anos no posto de Capitão e 18(dezoito) anos de Policia Militar, tendo ingressado como cadete no ano de 1995, foi um dos Comandantes da Operação Impacto.
Essa operação conseguiu trazer de volta a PAZ nos lares da região metropolitana do Maranhão e efetuou diversas prisões de elementos de facções criminosas, a POLICIA MILITAR de forma eficiente e firme e alcançou o objetivo ao final da operação.
Nos bairros da grande São Luís percebeu-se uma grande melhoria da qualidade de vida das pessoas e quando perguntado para a tropa de HERÓIS que fizeram a operação impacto todos eram unânimes em dizer: "Trabalhamos para a moralização da policia militar, para recuperar o credibilidade da comunidade e mostrar para bandido que não se mexe com POLICIAL MILITAR, bandido que mexe com policial morre."
Enfim
não é necessário que se criem novas polícias, mas sim que se coloque para
trabalhar as forças já existentes e principalmente que se estabeleça cooperação
entre todos para alcançar a tão sonhada tranqüilidade pública e paz social.
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
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